3.5.09

Mais sobre a visita de Ahmadinejad


Há quem diga que estou sendo chato e repetitivo com essa historia da visita de Ahmadinejad. E eu concordo com essas pessoas... Chato sim, insistente sim, não pretendo parar de falar sobre o assunto e ainda vou continuar com a sensação de estar fazendo pouco. Hoje saiu uma noticia da UOL onde um especialista fala sobre o assunto, teve uma passeata no Rio reunindo judeus, evangélicos e gays (ufa) e uma manifestação na Praça dos Arcos em São Paulo que gerou um vídeo muito legal, produzido pela Rosana Hermamm. Segue ai em baixo parte da matéria da UOL, o vídeo e alguns comentários meu.


”O polêmico presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e sua delegação de 110 pessoas chegam ao Brasil no próximo dia 6 (quarta-feira) para tentar se aproximar do grande líder da América do Sul e desfrutar do credenciamento que o governo Lula tem perante o resto do mundo. A análise é do professor de Relações Internacionais da PUC/SP, Reginaldo Nasser, especialista em políticas e conflitos internacionais.

Para Nasser, desde que o Irã se converteu em uma república islâmica, nos anos 70, e passou a ser visto como um Estado problema, que está fora da ordem mundial e que manifesta a intenção de seguir com um projeto de tecnologia nuclear, a mídia internacional passou a dar muito destaque para qualquer coisa que o país faça em suas relações exteriores.

Nesse sentido, a visita de Ahmadinejad ao Brasil ganha destaque, porque serve para mostrar ao mundo uma intenção de unir duas potências regionais e de obter apoio do Brasil em questões internacionais, especialmente nas discutidas na ONU (Organização das Nações Unidas).

O professor explica que o presidente do Irã precisa deste tipo de publicidade, porque vem sendo criticado dentro de seu país. "Ele não tem o apoio que alguns poderiam pensar. O Irã é um país dividido. Nesse momento, Ahmadinejad usa a tática do inimigo externo para conseguir apoio interno e tenta fazer uma política de proximidade com os chamados países da periferia, já que tem muitos problemas em relação à Europa e aos Estados Unidos", diz.


Enquanto está se falando das relações comerciais como pretexto para visita, acho negativa a vinda de um presidente que diz não precisar seguir a declaração dos direitos humanos e é uma figura central no comando de tanta crueldade. Mas no momento em que a visita é avaliada como a tentativa adquirir popularidade mostrando que tem como parceiro o Brasil, deixo de avaliar como “negativo” e passo para “absurdo”. Eduardo Suplicy e Marcelo Crivella comentaram a visita no Senado. Crivella fez uma monção de repudio devido à declaração feita por Ahmadinejad sobre a não existência do holocausto. Suplicy falou sobre a postura do ministro de igualdade racial contra tal declaração e a nota de repudio feita pelo Itamaraty. Diz ainda que teremos (se referindo a eles políticos) a oportunidade de verbalizar a não concordância com tal ato, ao próprio presidente.

É pouco... É muito pouco... Primeiro que a declaração dele foi apenas um erro no meio de tantos outros que os Senadores se quer comentaram. Mais do que negar mortes que aconteceram no passado, ele está matando hoje. Segundo é que não da pra poder receber amistosamente e dar um puxãozinho de orelha , quando na verdade, estamos muito mais colaborando pra manutenção de tudo isso ( a partir do momento que ajudamos na formação de uma imagem positiva do presidente) do que de fato contra. Fico me perguntando até quando ficaremos em cima do muro e na maciota vamos permitindo que as coisas aconteçam em nome do nosso jeito camarada.

Ai em baixo segue um trecho do discurso de Eduardo Suplicy para quem interessar.


Eu, enquanto cidadão, digo que repudio a visita do Presidente Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, e peço para que quem concorda faça o mesmo, divulgue esse vídeo, comente com alguém essa situação. Use essa foto que coloquei no inicio da postagem, coloque no seu blog, ou na foto do MSN, do orkut, twitter ou onde vc achar mais cômodo, ajude a fazer barulho para que essa situação seja levada ao maior número de pessoas possíveis, é o mínimo que podemos fazer.

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